A Cozinha Árabe - A aromática e colorida comida das arábias
Na cultura árabe, a comida representa uma
importante base para a comunicação, e as refeições são o centro dos encontros
familiares e círculos sociais.
A variedade de sua culinária é enorme e, embora não
exista, de fato, o que denominamos de "cozinha árabe", por tratar-se
de vários países árabes, podemos descobrir a riqueza e a peculiaridade dessas
diversas cozinhas que imprimem suas tradições e História na gastronomia da
região. Um bom exemplo disso, é o carneiro assado da Arábia Saudita, que é resultado
claro dos hábitos dos beduínos nômades dedicados ao pastoreio.
Se voltarmos no tempo e percorrermos a História da
culinária árabe, saberemos, por exemplo, por que os povos dessa região têm na
carne a base de sua alimentação, enquanto outros alimentos são consumidos em
menor proporção, como as frutas frescas e hortaliças, ou, como os peixes ou
frutos do mar, são muito raros em suas mesas. Encontraremos, também, o leite de
cabra e de camelo e o gosto pelas especiarias, como acontece na elaboração da
kafta, um tipo de almôndega, aromatizada com elas. A introdução das especiarias
na cozinha árabe é resultado direto do comércio que eles faziam no Mediterrâneo
e lembram a intensa atividade comercial de uma época.
E é o sabor desses temperos, incorporados em sua
cultura culinária ao longo dos tempos, que lhes confere a fama de cozinha
aromática. Mas não apenas aromática, também de cozinha visual, que desperta o
paladar no alegre colorido de seus pratos, além dos deliciosos aromas. Tudo
isso, resultado da utilização de ervas frescas, como salsa,
hortelã, coentro, alecrim, de condimentos como açafro, noz moscada e canela, ou
outros mais picantes como a harissa – uma pasta feita de pimenta malagueta,
muito utilizada em receitas árabes.
A importância dos grãos na culinária da região é
enorme. Muitos pratos árabes, alguns deles muito conhecidos de nós, são à base
deles, como o já citado falafel e o homus, feito com a pasta de grão-de-bico.
Já o peixe não representa um papel importante na
cozinha árabe, pois esse tipo de alimento, sensível, se deteriora extremamente
fácil no deserto quente. Somente em regiões ao longo das águas (Golfo Pérsico,
Mediterrâneo, Nilo, Mar Vermelho, Oceano Índico) os peixes passam a ter
significado.
Tradicionalmente, o pão é consumido em todos os
países árabes, servindo, muitas vezes, não só como parte da refeição, mas,
também, como substituto do talher. Com ele são pegas, em porções, as comidas
degustadas, os molhos são absorvidos e os pratos esvaziados. O trigo,
também, é base para outras iguarias da culinária árabe: o cuscuz (couscous) do Norte
da África e o bulgur, que no Brasil familiarmente, chamamos de "trigo para
quibe". Ambos, semelhantes no formato, sabor e forma de produção. O
couscous é, talvez, uma das mais conhecidas iguarias árabes, produzido com
semolina moída e úmida, de trigo, cevada ou milho.
Nos países islâmicos, por princípio religioso, o
consumo de carne suína é proibido, de forma que, na totalidade das cozinhas
árabes, a carne de porco jamais é utilizada. O álcool, também, é proibição
rígida do Alcorão, o que, naturalmente, tem efeitos na cozinha árabe, onde
todos os pratos são preparados sem álcool.
Embora as bebidas alcoólicas sejam proibidas, o
Iraque tem tradição milenar no preparo da cerveja, inventada ali, quando aquela
região era chamada de Mesopotâmia, e, até bem pouco tempo, mantinham muitas
cervejarias artesanais.
Os doces, elaboradíssimos, são geralmente feitos de
nozes, amêndoas, frutas secas e mel, e aromatizados com deliciosas essências,
como a de rosas e a de flor de laranja, que evocam as “mil e uma noites”. Em
alguns países, ainda são usadas as flores de laranja para aromatizar a água que
servirá à preparação de pratos.
Comparados à maioria dos doces ocidentais, a
doçaria árabe é bem mais acentuada no açúcar, mas cai bem no gosto dos
brasileiros, pois se semelham na doçura à confeitaria portuguesa e às nossas
compotas regionais e doces de fazenda. Uma iguaria da doçaria árabe muito
conhecida no mundo inteiro é a Baklava, torta de massa folhada de origem turca.
Fonte: Portal Correio Gourmand
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